
Após se formar na universidade, Mayerik trabalhou em siderúrgicas para pagar os estudos e logo se tornou assistente do artista Dan Adkins, ao lado de P. Craig Russell. Sua estreia nos quadrinhos foi em 1972, com Chamber of Chills #2, desenhando "Spell of the Dragon", seguido por trabalhos em Conan the Barbarian e The Invisible Man. Em 1973, tornou-se o artista regular de Man-Thing na revista Fear, onde, com Steve Gerber, introduziu Howard the Duck – um pato antropomórfico de charuto e humor ácido, que se tornou um ícone pop.
Nos anos 1970, Mayerik desenhou Howard the Duck Annual e a tira de jornal do personagem em 1977. Ele também ilustrou The Living Mummy e The Frankenstein Monster, mostrando sua afinidade por temas de horror e fantasia. Em 1994, ilustrou a minissérie Bruce Lee, da Malibu Comics, escrita por Mike Baron. A série de seis edições apresentou um Bruce Lee fictício enfrentando gangues e rivais enquanto construía uma carreira no cinema, com histórias curtas de Mortal Kombat nas edições 1 e 5. A inspiração veio de Shang-Chi: Master of Kung Fu, da Marvel.
Em 1977, mudou-se para Nova York, trabalhando no estúdio de Neal Adams e, mais tarde, fundando a Upstart Associates com Howard Chaykin, Walt Simonson e Jim Starlin. Sua versatilidade o levou a colaborar com revistas como Heavy Metal e Warren Publishing, onde desenhou a série samurai Young Master. A partir dos anos 1980, expandiu sua carreira para a publicidade, criando storyboards para marcas como Coca-Cola, Microsoft e Nike, e ilustrou jogos para TSR e Wizards of the Coast, como Magic: The Gathering – The Shadow Mage. Em 2010, produziu a tira Useful Idiots com James Hudnall para o site Breitbart.
Nos últimos anos, Mayerik retornou aos quadrinhos, lançando Of Dust and Blood, um graphic novel sobre Little Big Horn, via Kickstarter, e contribuindo para Angel Punk na Dark Horse. Sua obra, que combina narrativa visual cinematográfica e um estilo detalhado, continua a inspirar, consolidando-o como uma figura essencial na história dos quadrinhos.
Sua carreira decolou em 1948 com a publicação em Bituin Komiks, levando-o a trabalhar para a Ace Publications, onde brilhou em títulos como Filipino Komiks e Espesial Komiks. Em 1963, criou Voltar, um épico que o lançou internacionalmente, ganhando prêmios de ficção científica nos anos 1970. A revista Alcala Komix Magazine foi batizada em sua homenagem, consolidando seu status nas Filipinas.
Nos anos 1970, Alcala migrou para os EUA, colaborando com DC Comics e Marvel Comics em títulos de horror e fantasia. Ele ilustrou Swamp Thing, Batman e Conan the Barbarian, destacando-se como entintador, com um estilo influenciado por Albrecht Dürer e Frank Brangwyn. Em 1975, criou Kong the Untamed com Jack Oleck, e em 1977 juntou-se à Warren Publishing, desenhando 39 histórias até 1981.
Nos anos 1980, trabalhou na tira de jornal de Star Wars e colaborou com Jack Kirby em Destroyer Duck. Apesar de sua produção ser limitada, sua influência foi vasta, inspirando artistas filipinos como Alex Niño. Recebeu o Inkpot Award em 1977 e, postumamente, o Stacey Aragon Special Recognition Award em 2021. Seu legado, marcado por detalhes minuciosos e narrativa inovadora, continua a encantar fãs e colecionadores.
Especializando-se em quadrinhos românticos, González trabalhou para a Editorial Toray em séries como Rosas Blancas e Serenata, e para a Fleetway britânica em títulos como Valentine e Mirabelle. Sua habilidade em desenhar mulheres belas e ambíguas o destacou, levando-o, em 1971, a Warren Publishing, onde revolucionou Vampirella com arte detalhada e erótica, começando na edição 12. Ele desenhou 58 histórias para a editora até 1983, incluindo capas e pin-ups, sendo aclamado por Jim Warren como o ideal para o personagem.
Entre 1974 e 1977, compartilhou a arte de Vampirella com José Ortiz e Gonzalo Mayo, mas sua influência permaneceu dominante até 1979, retornando brevemente em 1982-83 antes da falência da Warren. Nos anos 1980, na Norma Editorial, ele criou Chantal e Mamba, mantendo seu toque erótico. Após deixar os quadrinhos, focou-se em ilustrações a lápis e carvão, afastando-se do mercado americano, onde seu sobrenome era frequentemente escrito como Gonzales.
Reconhecido com o prêmio Best Art of the Year em 1971 e elogiado por Frank Frazetta, González inspirou gerações, com obras revisitadas em livros como The Art of José González. Seu legado, marcado por sensualidade e inovação, continua a fascinar colecionadores e fãs de quadrinhos.
Kubert mergulhou na essência de Tarzan, retratando-o nu, como seria lógico para um homem criado por macacos, desafiando convenções visuais da época. Ele também explorou cenários variados, como Paris e a cidade perdida de Opar, além de vilões únicos, como um geneticista louco em Tarzan e o Homem-Leão. Sua arte, marcada por rabiscos de bico de pena, enfatizava anatomia e expressões, dando profundidade emocional ao personagem, muitas vezes com um olhar melancólico. As edições, que vão até a número 235, incluem matérias sobre a história de Tarzan nos quadrinhos, desde as tiras de 1929.
A fase de Kubert é celebrada por revitalizar Tarzan em um momento de desgaste, após anos nas mãos de outros artistas como Hal Foster e Burne Hogarth. Apesar da produção limitada – cerca de 50 edições –, sua influência é inegável, inspirando gerações e sendo relançada em formatos luxuosos. Hoje, esses quadrinhos são itens cobiçados por colecionadores, refletindo a genialidade de Kubert, que faleceu em 2012, deixando um legado eterno no universo do Homem-Macaco.
A primeira tentativa de quadrinhos veio em 1989 pela Bloch Infanto-Juvenil, que lançou O Fantástico Jaspion em formato de fotonovela, usando imagens da série com balões de diálogo. A Bloch adaptou os quatro primeiros episódios da série de TV, mas a qualidade era limitada, com imagens granuladas – uma prática comum para séries populares na época, segundo fontes como Sintonia Geek e JBox. Apesar disso, essas fotonovelas foram um marco para os fãs. No mesmo ano, a Editora Ebal obteve os direitos da Toei Company e publicou uma série que adaptava os episódios da TV, seguida pela Editora Abril, que, entre 1989 e 1990, lançou 12 edições com histórias inéditas. Sob a direção de artistas como Aluir Amancio e roteiristas como Alexandre Nagado, essas HQs continuavam a saga após a derrota de Satan Goss, introduzindo novos vilões como Nimbus, o Usurpador.
Em 2018, Jaspion voltou às HQs com O Regresso de Jaspion, um mangá nacional da Editora JBC, assinado por Fábio Yabu (roteiro) e Michel Borges (arte). Lançado em 2020, o volume único se passa anos após a série original, trazendo Jaspion de volta à Terra para enfrentar Kilmaza e antigos inimigos. A obra, parte do selo Henshin Universe, modernizou a narrativa, mantendo a essência nostálgica, e foi elogiada por fãs, com edições em capa dura e extras sobre a produção. A JBC planejou crossovers com outros heróis tokusatsu, dependendo do sucesso.
Os quadrinhos do Jaspion não só capitalizaram sua febre na TV, mas também mostraram a criatividade brasileira ao adaptar um ícone japonês. De fotonovelas a mangás modernos, essas HQs são um testemunho do carinho dos fãs brasileiros, que, mesmo 37 anos após sua estreia, continuam celebrando o herói intergaláctico.
A primeira aparição de Gugu nos quadrinhos foi em 1988, na revista Misto Quente nº 9, da Editora Abril, com a seção O Mundo Alegre do Gugu. A publicação, que misturava passatempos, pôsteres e histórias, servia como laboratório para novos personagens, como Fofão e Sérgio Mallandro. A edição de Gugu era única: além de quadrinhos, trazia entrevistas, reportagens e figurinhas colecionáveis do apresentador, acompanhadas de um pôster do grupo Polegar, que ele promovia na TV.
Entre 1988 e 1990, a Abril lançou a Revista do Gugu, com 20 edições e quatro almanaques. Nela, Gugu, desenhado com um cabelo loiro mais claro que o real e sempre segurando seu icônico microfone, vivia aventuras absurdas e divertidas. Ele enfrentava lobisomens de terno, se tornava um super-herói ou interpretava um “Tarzan” ao lado de uma Jane ruiva, viajando por cenários que iam da pré-história ao espaço sideral. As histórias, muitas vezes nonsensical, refletiam o tom leve e familiar de seus programas.
A editora Sequência também publicou gibis do apresentador, como As Aventuras do Gugu, com traços e narrativas mais infantis. Em 1991, Gugu participou da edição nº 5 de As Melhores Histórias Disney Escolhidas por…, selecionando suas histórias favoritas da Disney. A rivalidade com Fausto Silva, que também tinha seus quadrinhos, espelhava a disputa pela audiência dominical, trazendo um toque de humor à competição.
Apesar do sucesso, os quadrinhos do Gugu enfrentaram críticas pela simplicidade e pelo tom exagerado, muitas vezes considerado bizarro. Ainda assim, eles são lembrados com nostalgia por quem cresceu na época, representando uma era em que personalidades da TV transcendiam a tela e se tornavam heróis de papel. Hoje, essas revistas são itens de colecionador, disponíveis em plataformas como o Mercado Livre, e continuam a despertar memórias de uma fase marcante da cultura pop brasileira.
Steranko começou como designer gráfico, mas sua vida mudou em 1966 ao entrar na Marvel Comics. Sua obra mais icônica, Nick Fury, Agent of S.H.I.E.L.D., publicada em Strange Tales, revolucionou os quadrinhos da Era de Prata. Misturando surrealismo, pop art e técnicas cinematográficas, ele criou narrativas visuais inovadoras, como a primeira página quádrupla dos quadrinhos em Strange Tales #167. Também trabalhou em Captain America e X-Men, onde redesignou o logo, e introduziu personagens como Madame Hydra.
Em 1969, fundou a Supergraphics, publicando The Steranko History of Comics, um marco na historiografia dos quadrinhos. Nos anos 1970, ilustrou capas de livros, como as de The Shadow, e criou Chandler: Red Tide (1976), considerado o primeiro romance gráfico moderno. Sua revista Mediascene (depois Prevue) cobriu cultura pop até 1994. Steranko também colaborou com Hollywood, criando designs para Raiders of the Lost Ark e Bram Stoker’s Dracula.
Apesar de sua produção limitada – menos de 30 edições na Marvel –, Steranko é aclamado por sua influência. Recebeu o Prêmio Eisner em 2006 e teve exposições no Louvre. Sua abordagem ousada, com personagens sensuais e designs experimentais, desafiou o Comics Code e inspirou gerações, consolidando-o como um dos maiores inovadores da arte sequencial.
Benício começou sua carreira aos 15 anos, em Porto Alegre, como aprendiz na agência Clarim Publicidade. Aos 17, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se consolidou como ilustrador. Na década de 1960, ficou famoso por suas capas de livros pulp da Editora Monterrey, como as da série Brigitte Montfort, com mais de 2 mil ilustrações. Seu estilo, inspirado por Norman Rockwell, destacava mulheres voluptuosas, o que lhe rendeu o título de “mestre das pin-ups brasileiras”.
Nos anos 1970 e 1980, Benício produziu mais de 300 cartazes de cinema, especialmente para pornochanchadas como Dona Flor e Seus Dois Maridos e A Super Fêmea, eternizando atrizes como Sônia Braga e Vera Fischer. Ele também criou todos os pôsteres dos 31 filmes dos Trapalhões, além de capas de discos, como Amar pra Viver ou Morrer de Amor, de Erasmo Carlos, e ilustrações publicitárias para marcas como Coca-Cola, Varig e Levis.
Benício trabalhou até os anos 2000, mas a ascensão da computação gráfica reduziu sua demanda no cinema. Suas obras, marcadas pelo uso de guache e um toque erótico, enfrentaram a censura da ditadura militar, exigindo negociações para aprovação. Em 2011 e 2014, a Reference Press publicou Sex & Crime: The Book Cover Art of Benício, celebrando suas ilustrações. Em 2012, Gonçalo Junior lançou E Benício Criou a Mulher, detalhando sua trajetória.
Reconhecido por prêmios como o Grand-Prix de Ilustração no Prêmio Colunistas de 1986, Benício teve sua obra anexada ao acervo da Funarte em 2021. Sua estética única, que moldou o imaginário brasileiro, continua a inspirar artistas e a encantar admiradores da ilustração.
Os mangás, quadrinhos japoneses, oferecem estilos variados que atraem diferentes públicos. Aqui, apresentamos os principais gêneros com quatro exemplos para cada.
Focado em ação e aventura para jovens, com combates épicos.
Exemplos: Naruto, One Piece, Dragon Ball, My Hero Academia.
Voltado para meninas, enfatiza romance e emoções com traços delicados.
Exemplos: Fruits Basket, Sailor Moon, Ouran High School Host Club, Kimi ni Todoke.
Para adultos, aborda temas maduros com narrativas complexas.
Exemplos: Berserk, Tokyo Ghoul, Monster, Vinland Saga.
Focado em mulheres adultas, explora relacionamentos e vida cotidiana.
Exemplos: Nana, Honey and Clover, Paradise Kiss, Nodame Cantabile.
Histórias simples e educativas para crianças, com traços fofos.
Exemplos: Doraemon, Pokémon Adventures, Hamtaro, Chi’s Sweet Home.
Centra-se em robôs gigantes e batalhas de ficção científica.
Exemplos: Neon Genesis Evangelion, Mobile Suit Gundam, Code Geass, Gurren Lagann.
Personagens transportados para outros mundos, com fantasia e RPG.
Exemplos: Sword Art Online, Re:Zero, Overlord, The Rising of the Shield Hero.
Retrata o cotidiano com momentos simples e reflexivos.
Exemplos: Yotsuba&!, Barakamon, March Comes in Like a Lion, Horimiya.
O primeiro grande marco aconteceu em 1977, quando a Marvel lançou A Marvel Comics Super Special: Kiss. O quadrinho não só trazia uma aventura épica estrelando os integrantes como personagens de um universo fantástico, mas também chamou atenção mundial ao incluir, segundo a própria banda, sangue real dos músicos misturado à tinta da impressão — um golpe de marketing que se tornou lendário.
A trama apresentava o Kiss como seres com poderes sobrenaturais, em combate contra forças do mal, reforçando a mitologia que a banda construía nos palcos. O sucesso foi tanto que novas publicações surgiram nos anos seguintes, consolidando o Kiss como ícones também no mundo dos quadrinhos.
Na década de 1990, o grupo voltou a brilhar nas HQs com a série Kiss: Psycho Circus, pela Image Comics. Inspirada na grandiosidade dos shows da banda, a história mergulhava em um mundo surreal e psicológico, ampliando ainda mais o universo ficcional dos músicos.
Ao longo das décadas, diversas editoras, como Dark Horse e Dynamite Entertainment, lançaram novas sagas. Cada versão explorava lados diferentes dos integrantes: heróis, seres místicos ou até mesmo vigilantes urbanos. Em todas, a essência do Kiss — liberdade, rebeldia e fantasia — permanecia viva.
O impacto cultural dessas HQs é inegável. Elas não apenas cativaram fãs antigos como também apresentaram a banda a novas gerações. Além disso, foram fundamentais para solidificar o Kiss como uma marca multimídia de sucesso, capaz de transitar pela música, cinema, TV, brinquedos e, claro, quadrinhos.
Hoje, as HQs do Kiss são itens de colecionador e símbolos da ousadia da banda. Em cada página, o espírito vibrante do rock continua a ecoar, provando que, seja nos palcos ou nas revistas, o KISS nasceu para ser eterno.
Nascido no interior do Rio Grande do Sul, Canini foi um dos artistas mais ousados e originais a trabalhar com personagens Disney no Brasil. Seu maior feito? Transformar o Zé Carioca em um verdadeiro reflexo do povo brasileiro.Durante os anos 1970, trabalhando para a Editora Abril, Canini tirou o personagem das páginas genéricas importadas e o inseriu em histórias mais próximas da realidade do país: tramas que falavam de problemas cotidianos, com humor, criatividade e um traço completamente fora dos padrões tradicionais da Disney.
Seu estilo era leve, expressivo, e bem mais solto — o que incomodou os executivos americanos da marca. Em 1976, a própria Disney pediu que ele parasse de desenhar o personagem por "fugir demais do modelo original". Mas a semente já estava plantada.
Mesmo fora da Disney, Canini seguiu criando. Lançou personagens próprios, como o índio Tibica e o cowboy Kactus Kid, e colaborou com revistas e jornais alternativos. Sempre com aquele traço leve e com comentários sociais escondidos entre uma piada e outra.
Seu legado foi sendo cada vez mais reconhecido. Em 2003, ganhou o Troféu HQ Mix de Grande Mestre. Hoje, é lembrado como um dos desenhistas mais importantes da história dos quadrinhos brasileiros.
Canini faleceu em 2013, aos 77 anos, mas seu trabalho segue inspirando artistas e fãs. Seus quadrinhos são estudados, colecionados e admirados — e o Zé Carioca que ele reinventou, esse sim, continua mais vivo do que nunca.
Inspirado por artistas como Frank Frazetta, Vallejo tornou-se um ícone por conta de suas pinturas que misturam fantasia, ficção científica, erotismo e mitologia clássica. Seus trabalhos mais notórios incluem ilustrações para livros de autores como Edgar Rice Burroughs, bem como capas de revistas, pôsteres de cinema e calendários.
Entre seus temas mais recorrentes estão guerreiros musculosos, amazonas poderosas, dragões, bestas míticas e cenários etéreos. Ele ficou especialmente famoso por ilustrar personagens como Tarzan, Conan e Red Sonja, sempre com um apelo sensual e dramático.
Vallejo também é conhecido por sua parceria artística e pessoal com a também ilustradora Julie Bell, com quem colabora desde os anos 1990. Juntos, publicaram diversos livros de arte, como Dreams, Titans e The Ultimate Collection, além de produzirem trabalhos para editoras de quadrinhos e franquias de games e filmes.
Ao longo das décadas, Boris recebeu diversos prêmios, incluindo o Chesley Award e o Spectrum Grand Master Award, consolidando-se como referência definitiva na pintura de fantasia. Suas obras são frequentemente comparadas a esculturas em pintura, graças ao domínio anatômico e ao uso dramático de luz e sombra.
A técnica de Vallejo envolve o uso de modelos vivos e fotografias para compor suas figuras. Ele é considerado um mestre do aerógrafo e da pintura a óleo, desenvolvendo composições complexas com um toque onírico e selvagem.
Boris Vallejo influenciou gerações de ilustradores, pintores e artistas digitais. Mesmo após décadas de carreira, segue ativo, produzindo obras que encantam fãs de todas as idades e mantendo viva a grandiosidade do universo fantástico em cada pincelada.
Sua notoriedade, no entanto, explodiu nas décadas de 1960 e 1970, ao ilustrar capas para livros de fantasia e ficção científica, especialmente das séries Conan, o Bárbaro, de Robert E. Howard, e John Carter de Marte, de Edgar Rice Burroughs. Seu estilo vigoroso, musculoso e altamente dinâmico ajudou a moldar a imagem moderna do herói bárbaro e da mulher guerreira.
Frazetta também impactou o universo da música, criando artes icônicas para álbuns de bandas como Molly Hatchet e Nazareth. No cinema, sua estética influenciou diretamente produções como Conan, o Bárbaro (1982), He-Man, Heavy Metal e jogos de RPG como Dungeons & Dragons.
Além das ilustrações, ele trabalhou brevemente com animação e foi co-diretor do longa Fire and Ice (1983), em parceria com Ralph Bakshi. Sua arte carregava intensidade emocional e detalhamento anatômico excepcionais, misturando erotismo, violência e misticismo em cenários épicos.
Mesmo após sofrer derrames que afetaram sua mão dominante, Frazetta reaprendeu a pintar com a mão esquerda, demonstrando dedicação e genialidade artística. Ele ganhou diversos prêmios, incluindo o Hugo Award e o Hall da Fama do Will Eisner Comic Industry Award.
Frazetta morreu em 2010, mas seu legado permanece forte. Seu trabalho é celebrado por colecionadores, cineastas e artistas contemporâneos. O Frazetta Art Museum, na Pensilvânia, preserva parte de seu acervo e atrai visitantes do mundo todo. Frank Frazetta não apenas desenhou guerreiros e mundos fantásticos — ele os eternizou.
No gênero western, a série El Coyote, do espanhol José Mallorquí, foi um marco. Publicada pela Monterrey a partir de 1956, a coleção trouxe as aventuras de um justiceiro mascarado no Velho Oeste, inspirado no Zorro. No Brasil, foram lançados cerca de 150 volumes até o início dos anos 1970, com capas vibrantes que retratavam duelos e cavalgadas, muitas ilustradas por artistas locais. Outra série notável da Monterrey foi Chumbo Quente, que se tornou um ícone dos anos 1970, com histórias de tiroteios e vinganças. As capas, frequentemente desenhadas pelo ilustrador brasileiro José Luiz Benício, destacavam pistoleiros em poses dramáticas, com traços estonteantes que atraíam leitores nas bancas.
No campo da espionagem, a Monterrey também brilhou com Brigitte Montfort, escrita pelo espanhol Antonio Vera Ramírez sob o pseudônimo Lou Carrigan. Publicada entre 1965 e 1992, a série apresentou a espiã mais famosa dos bolsilivros brasileiros, com mais de 500 volumes lançados no país. As capas, também ilustradas por Benício, eram um destaque à parte: mostravam Brigitte em poses sensuais e perigosas, com armas e cenários exóticos, capturando a essência da espionagem da Guerra Fria. Outra série de sucesso foi FBI (posteriormente renomeada FB7), com histórias policiais e de espionagem, cujas capas, redesenhadas por Benício na segunda edição, exibiam agentes em ação contra fundos escuros, criando um contraste marcante.
A série K.O. Durban, do brasileiro Hélio do Soveral, trouxe uma paródia de espiões como James Bond, com aventuras bem-humoradas que fizeram sucesso nos anos 1970. As capas, mais uma vez assinadas por Benício, apresentavam o agente em situações de ação, com traços que remetiam aos filmes de espionagem da época. Além disso, a Tecnoprint publicou a série alemã Perry Rhodan, que, embora mais focada em ficção científica, incluía elementos de espionagem intergaláctica. Lançada no Brasil nos anos 1970, tinha capas detalhadas com naves espaciais e agentes futuristas, no formato “superbolso” (12 x 21 cm).
O brasileiro Ryoki Inoue também se destacou, escrevendo 999 bolsilivros em seis anos, muitos de western e espionagem, sob diversos pseudônimos. Seus títulos, como Colts de McLee (faroeste), publicados pela Monterrey, tinham capas dinâmicas que refletiam a ação das histórias. As capas desses livros, com ilustrações realistas e coloridas, não só atraiam leitores, mas também se tornaram itens de colecionador, celebrando uma era de ouro da literatura popular brasileira que ainda é lembrada com carinho.
Shang-Chi, filho do vilão Fu Manchu – personagem licenciado dos livros de Sax Rohmer –, é criado para ser um assassino perfeito. Após descobrir as verdadeiras intenções malignas de seu pai, ele se rebela e inicia uma jornada de redenção, enfrentando Fu Manchu e sua organização criminosa ao lado de aliados como Sir Denis Nayland Smith e Black Jack Tarr. Moench, que escreveu a maior parte da série, trouxe roteiros complexos, misturando artes marciais, espionagem e dilemas morais, enquanto explorava temas como identidade e lealdade.
Paul Gulacy, que ilustrou a série a partir da edição #16, foi essencial para definir o visual de Shang-Chi. Inspirado por filmes de James Bond e artistas como Jim Steranko, Gulacy trouxe um estilo cinematográfico, com traços detalhados e sequências de ação dinâmicas que capturavam a essência do kung fu. Sua colaboração com Moench, especialmente entre as edições #20 e #50, é considerada o auge da revista, com histórias como "The Crystal Connection" e "The Murder Agency" aclamadas por fãs e críticos.
A série enfrentou desafios, como a perda dos direitos de Fu Manchu nos anos 1980, o que levou a Marvel a reformular a origem de Shang-Chi em arcos posteriores. No Brasil, o quadrinho foi publicado pela Bloch Editores na revista Mestre do Kung Fu, com 31 edições entre 1975 e 1978. Posteriormente, as aventuras de Shang-Chi foram publicadas pela Editora Abril na revista Heróis da TV. Mesmo com o passar das décadas, Shang-Chi se consolidou como ícone, ganhando nova relevância com o filme Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021), estrelado por Simu Liu.
Terasawa, discípulo do lendário Osamu Tezuka, estreou sua carreira com um one-shot de Cobra em 1977, antes de serializá-lo no ano seguinte. Inspirado pelo ator francês Jean-Paul Belmondo, o protagonista exibe um charme mulherengo e uma atitude destemida, misturando elementos de faroeste italiano, histórias de samurais e influências de filmes como os de James Bond e Disney. Cobra, que inicialmente apaga suas memórias e altera o rosto para escapar de inimigos, logo as recupera e se junta à sua parceira Lady Armaroid e à nave Tortuga, vivendo aventuras intergalácticas repletas de ação e humor.
A série se destacou não apenas pela narrativa, mas também pela inovação de Terasawa. Pioneiro na arte digital, ele lançou Black Knight Bat (1985), com colorização digital, e Takeru (1992), o primeiro mangá totalmente criado em CG. Em 2019, Terasawa publicou a continuação Cobra: Over the Rainbow, mesmo enfrentando sérias complicações de saúde após ser diagnosticado com um tumor cerebral em 1998, que o deixou parcialmente paralisado.
Cobra ganhou adaptações em anime, como a série de 1982 com 31 episódios e o filme animado de mesmo ano, além de OVAs como The Psychogun (2008). No Brasil, o mangá teve um volume publicado pela editora Dealer em 1991, e o anime chegou em 1985 pela Canal+, sendo exibido depois na TV aberta. Apesar do falecimento de Terasawa em 8 de setembro de 2023, vítima de um infarto aos 68 anos, seu legado vive. Um novo jogo, Space Adventure Cobra: The Awakening, será lançado em 26 de agosto de 2025 para múltiplas plataformas, com legendas em português, prometendo reacender a paixão dos fãs por esse clássico atemporal.
Entre 1982 e 1987, a atriz e produtora Shelley Duvall trouxe à vida uma das séries mais encantadoras da televisão: Teatro dos Contos de Fadas (no original, Faerie Tale Theatre). Exibida originalmente pelo canal Showtime, nos Estados Unidos, a produção chegou ao Brasil nos anos 1990 pela TV Cultura, conquistando uma legião de fãs que até hoje guardam memórias nostálgicas de suas tardes de quarta-feira. Com 27 episódios, a série antológica recontou clássicos como Cinderela, Branca de Neve e A Pequena Sereia, sob a visão criativa de Duvall, que também apresentava e atuava em alguns capítulos.
A proposta de Duvall era ambiciosa: adaptar contos de fadas tradicionais de autores como os Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen, mantendo a essência das histórias originais, que nem sempre tinham finais felizes. Diferente das versões edulcoradas da Disney, a série trazia um tom mais fiel, com cenários teatrais e uma estética que mesclava simplicidade e sofisticação. Cada episódio, com cerca de 50 minutos, era uma pequena obra cinematográfica, gravada entre 1982 e 1985 nos estúdios da ABC, em Burbank, Califórnia.
Um dos grandes diferenciais da série era seu elenco estelar. Nomes como Robin Williams (O Príncipe Sapo), Susan Sarandon (A Bela e a Fera), Mick Jagger (O Rouxinol) e Christopher Reeve (A Bela Adormecida) deram vida aos personagens. Diretores renomados também participaram: Tim Burton comandou Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, enquanto Francis Ford Coppola dirigiu Rip Van Winkle. A própria Duvall, além de produtora executiva, aparecia no início de cada episódio com a icônica frase: “Olá, eu sou Shelley Duvall. Bem-vindos ao Teatro dos Contos de Fadas”.
A série não apenas encantava crianças, mas também adultos, com roteiros inteligentes que incluíam humor e reflexões sociais sutis. Episódios como A Pequena Sereia destacavam finais mais melancólicos, enquanto outros, como O Flautista de Hamelin, traziam uma atmosfera sombria e poética. No Brasil, 26 episódios foram exibidos, com o especial Grimm Party – uma reunião do elenco em uma festa à fantasia – nunca tendo sido transmitido.
Teatro dos Contos de Fadas ganhou 12 prêmios e 28 indicações, sendo um marco na TV infantil. Apesar de não estar em plataformas de streaming, episódios dublados podem ser encontrados no YouTube, e DVDs foram lançados no Brasil nos anos 2000. Shelley Duvall, que faleceu em julho de 2024, deixou um legado que continua a inspirar quem cresceu sonhando com seus contos mágicos.
Ambientado em um futuro distópico, o enredo acompanha a brutal Corrida Transcontinental, um evento televisivo em que pilotos ganham pontos ao atropelar pedestres. David Carradine interpreta Frankenstein, o lendário corredor mascarado e favorito do público, que enfrenta rivais como Machine Gun Joe (Sylvester Stallone) enquanto lida com sabotagens e uma resistência clandestina que busca acabar com a corrida. A narrativa critica o sensacionalismo midiático, o autoritarismo e a desumanização em uma sociedade obcecada por entretenimento.
Com um orçamento modesto, o filme se destaca pelo estilo visual cru, sequências de ação caóticas e atuações carismáticas, especialmente de Carradine e Stallone. Apesar de polêmico por sua violência gráfica, Death Race 2000 foi elogiado por sua sátira afiada e ganhou status de culto, influenciando obras como o remake de 2008 e jogos como Carmageddon. É uma cápsula do tempo que reflete os excessos e as ansiedades dos anos 70.
O filme deixa em aberto o destino dos fugitivos, já que seus corpos nunca foram encontrados, alimentando especulações sobre sua sobrevivência. A produção, que marcou a última colaboração entre Siegel e Eastwood, mistura suspense e drama, capturando a atmosfera opressiva da prisão. Críticos elogiaram a narrativa tensa e a atuação contida de Eastwood, consolidando o longa como um clássico do gênero.
A Image Comics presta homenagem à era clássica de G.I. Joe com A Real American Hero Spirit #1, com roteiro e arte do talentoso Leonardo Romero (conhecido por seu trabalho em Birds of Prey), e cores vibrantes de Matheus Lopes.
Esta edição única, notavelmente apresentando uma história sem diálogos em homenagem à icônica edição Silent Interlude da série original, acompanha a dupla Spirit e Freedom em uma investigação de misteriosos desaparecimentos, revelando um experimento grotesco da Cobra. A visão criativa de Romero e as cores de Lopes buscam capturar a essência da ação e do suspense que consagraram a franquia.
Lançado em 1994, o filme Velocidade Máxima (Speed, no original) catapultou Keanu Reeves ao estrelato e se tornou um clássico do cinema de ação. Dirigido por Jan de Bont, o longa-metragem prende o espectador em uma trama de suspense e adrenalina, com cenas de tirar o fôlego e atuações memoráveis.
Na trama, Reeves interpreta Jack Traven, um policial da SWAT que se vê envolvido em um jogo mortal com um terrorista explosivista. Após frustrar um atentado em um elevador, Traven e seu parceiro, Harry Temple (Jeff Daniels), acreditam ter neutralizado a ameaça. No entanto, o vilão, Howard Payne (Dennis Hopper), revela um plano ainda mais audacioso: um ônibus urbano em Los Angeles está equipado com uma bomba que explodirá caso a velocidade do veículo caia abaixo de 50 milhas por hora.
Traven embarca em uma corrida contra o tempo para salvar os passageiros do ônibus, contando com a ajuda de Annie Porter (Sandra Bullock), uma passageira que assume o volante em meio ao caos. A dupla enfrenta desafios constantes, desde o trânsito caótico da cidade até as armadilhas engenhosas de Payne.
Velocidade Máxima se destaca pelas cenas de ação eletrizantes, coreografadas com maestria e filmadas com realismo impressionante. A tensão crescente é palpável, mantendo o público na ponta da cadeira do início ao fim. O filme também explora a dinâmica entre os personagens, com destaque para a química entre Reeves e Bullock, que rendeu momentos de humor e romance em meio ao caos.
O sucesso de Velocidade Máxima impulsionou a carreira de Keanu Reeves, consolidando sua imagem como herói de ação. O filme também marcou a ascensão de Sandra Bullock, que se tornou uma das atrizes mais requisitadas de Hollywood. Além disso, a produção recebeu dois Oscars, nas categorias de Melhor Som e Melhor Edição de Som.
Quase 30 anos após seu lançamento, Velocidade Máxima continua sendo um marco do cinema de ação, um filme que equilibra perfeitamente adrenalina, suspense e entretenimento. A produção é um testemunho do talento de Keanu Reeves e Sandra Bullock, além de ser um clássico que envelheceu como um bom vinho, mantendo sua relevância e popularidade junto ao público
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A Sony Pictures confirmou que Neill Blomkamp, o diretor por trás de Distrito 9, estará à frente do projeto. Mas não se trata de um remake do filme de 1997. Em vez disso, Blomkamp trará uma adaptação mais fiel do livro original de Robert A. Heinlein, publicado em 1959.
A história acompanha Johnny Rico em uma guerra interestelar contra alienígenas insetos gigantescos. O livro original é famoso por suas ideias sobre militarismo e direito ao voto, que geraram debates sobre fascismo. O filme de 1997, dirigido por Paul Verhoeven, satirizou esses elementos, mas acabou gerando controvérsia e não foi um grande sucesso de bilheteria na época. No entanto, com o tempo, ganhou status de cult.
Agora, com a nova versão, a expectativa é que a história original seja explorada com uma nova perspectiva, trazendo à tona as discussões polêmicas que o livro gerou. Prepare-se para uma nova visão deTropas Estelares, com mais foco no livro e nas questões que ele levanta.
A icônica personagem dos quadrinhos, Vampirella, possui uma história de origem complexa e multifacetada, marcada por reviravoltas e mudanças ao longo dos anos. Criada pelo roteirista Forrest J. Ackerman e pela desenhista Trina Robbins na década de 1960, a personagem inicialmente provinha do planeta Drakulon, um mundo onde o sangue era a principal fonte de vida.
No entanto, a narrativa inicial sofreu diversas alterações. Com a crise em Drakulon, Vampirella embarcou em uma jornada espacial rumo à Terra, onde descobriu que os vampiros terrestres eram descendentes de Drácula, um Vampiri corrompido.
Anos mais tarde, a origem da personagem foi reformulada, revelando que Vampirella era, na verdade, filha de Lilith, a primeira mulher de Adão, expulsa do Paraíso e mãe de demônios. Lilith, buscando redenção, criou Vampirella para combater o mal. No entanto, seus outros filhos, Madek e Magdalene, corromperam a jovem vampira, implantando falsas memórias sobre sua origem em Drakulon.
A história se adensou ainda mais com a revelação de que Drakulon era um local no Inferno e que Lilith manipulava Vampirella através de um espelho mágico. Além disso, Lilith não era tão benevolente quanto se pensava, tendo criado Vampirella com propósitos obscuros.
A origem da Vampirella, portanto, é um intrincado novelo de tramas, envolvendo viagens espaciais, demônios e figuras bíblicas, um mosaico que demonstra a riqueza e a complexidade do universo dos quadrinhos.
A beleza exótica e o traje icônico de Vampirella atraíram diversos artistas renomados ao longo de sua história.
A trajetória de Vampirella, tanto em sua origem quanto em sua representação visual, é um testemunho da capacidade dos quadrinhos de criar narrativas complexas e personagens icônicos que transcendem o tempo.
Em 1947, o Dr. Rossiter, um cirurgião plástico, foge da Inglaterra após uma cirurgia mal sucedida em Evelyn Morley. Ele assume a identidade de Dr. Schüler na França, onde se alia a Vanet, dono de um circo, e realiza uma cirurgia em sua filha, Nicole.
Schüler transforma o circo, recrutando criminosos desfigurados e oferecendo cirurgias em troca de trabalho. Uma década depois, o circo é um sucesso, mas artistas que tentam sair morrem em "acidentes". Magda von Meck é morta em um ato de arremesso de facas, e Elissa Caro, uma ex-prostituta com cicatrizes, torna-se a nova estrela.
Schüler se apaixona por Melina, uma mulher desfigurada por ácido, e planeja se casar com ela. O Inspetor Arthur Ames investiga as mortes, e Nicole revela que Schüler a operou quando criança. Elissa descobre a verdadeira identidade de Schüler e tenta chantageá-lo, mas é morta durante um ato de balanço de corda.
Após um ataque de gorila, Schüler ordena que seus assistentes, Angela e Martin, o operem. Evelyn Morley visita o circo e reconhece Schüler, que mata Angela e é atacado por um gorila solto por Martin. A polícia chega, e Schüler tenta fugir, mas é atropelado por Evelyn, que busca vingança. Suas últimas palavras são para Melina.