Terasawa, discípulo do lendário Osamu Tezuka, estreou sua carreira com um one-shot de Cobra em 1977, antes de serializá-lo no ano seguinte. Inspirado pelo ator francês Jean-Paul Belmondo, o protagonista exibe um charme mulherengo e uma atitude destemida, misturando elementos de faroeste italiano, histórias de samurais e influências de filmes como os de James Bond e Disney. Cobra, que inicialmente apaga suas memórias e altera o rosto para escapar de inimigos, logo as recupera e se junta à sua parceira Lady Armaroid e à nave Tortuga, vivendo aventuras intergalácticas repletas de ação e humor.
A série se destacou não apenas pela narrativa, mas também pela inovação de Terasawa. Pioneiro na arte digital, ele lançou Black Knight Bat (1985), com colorização digital, e Takeru (1992), o primeiro mangá totalmente criado em CG. Em 2019, Terasawa publicou a continuação Cobra: Over the Rainbow, mesmo enfrentando sérias complicações de saúde após ser diagnosticado com um tumor cerebral em 1998, que o deixou parcialmente paralisado.
Cobra ganhou adaptações em anime, como a série de 1982 com 31 episódios e o filme animado de mesmo ano, além de OVAs como The Psychogun (2008). No Brasil, o mangá teve um volume publicado pela editora Dealer em 1991, e o anime chegou em 1985 pela Canal+, sendo exibido depois na TV aberta. Apesar do falecimento de Terasawa em 8 de setembro de 2023, vítima de um infarto aos 68 anos, seu legado vive. Um novo jogo, Space Adventure Cobra: The Awakening, será lançado em 26 de agosto de 2025 para múltiplas plataformas, com legendas em português, prometendo reacender a paixão dos fãs por esse clássico atemporal.
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