quinta-feira, 1 de maio de 2025

Tarzan por Joe Kubert

 

Joe Kubert, lendário quadrinista americano, deixou sua marca indelével nos quadrinhos de Tarzan, o icônico Rei das Selvas criado por Edgar Rice Burroughs em 1912. Entre 1972 e 1977, Kubert assumiu a série da DC Comics, começando com a edição 207, trazendo uma visão renovada ao personagem. Fã desde a infância, ele adaptou o primeiro romance de Burroughs, Tarzan of the Apes, com um traço visceral e narrativas cinematográficas que destacaram a brutalidade e a humanidade do herói. Suas histórias, como A Origem do Homem-Macaco e A Volta do Rei das Selvas, foram publicadas em três volumes pela Devir no Brasil, a partir de 2010, com cores restauradas de Tatjana Wood.

Kubert mergulhou na essência de Tarzan, retratando-o nu, como seria lógico para um homem criado por macacos, desafiando convenções visuais da época. Ele também explorou cenários variados, como Paris e a cidade perdida de Opar, além de vilões únicos, como um geneticista louco em Tarzan e o Homem-Leão. Sua arte, marcada por rabiscos de bico de pena, enfatizava anatomia e expressões, dando profundidade emocional ao personagem, muitas vezes com um olhar melancólico. As edições, que vão até a número 235, incluem matérias sobre a história de Tarzan nos quadrinhos, desde as tiras de 1929.

A fase de Kubert é celebrada por revitalizar Tarzan em um momento de desgaste, após anos nas mãos de outros artistas como Hal Foster e Burne Hogarth. Apesar da produção limitada – cerca de 50 edições –, sua influência é inegável, inspirando gerações e sendo relançada em formatos luxuosos. Hoje, esses quadrinhos são itens cobiçados por colecionadores, refletindo a genialidade de Kubert, que faleceu em 2012, deixando um legado eterno no universo do Homem-Macaco.

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