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O uniforme do Fantasma se manteve praticamente inalterado desde a primeira história (A Irmandade Singh), sofrendo apenas algumas sutis diferenças ao longo dos anos. E isso ocorreu porque desde o primeiro Fantasma, havia a intenção de se reforçar a ideia da imortalidade do Espírito que Anda; foram vários homens da descendência de Sir Cristopher Walker, que ao usar o mesmo uniforme criou-se o mito de ser a mesma pessoa nestes 400 anos.

Por exemplo, na história original, o Fantasma usava luvas quando ele apareceu pela primeira vez em 21 de fevereiro de 1936, Estas desaparecem rapidamente.

Pequenas diferenças ocorreram como a forma e a espessura da máscara.Quando o design do uniforme foi explicado, ele já usava um cinto bastante largo. Na aventura: A história dos Bandar (veja aqui o scan publicado no blog Fantasma Brasil, o primeiro Fantasma explicou que criou um uniforme baseado no deus demônio dos gigantes Wasaka, que escravizavam a tribo dos pigmeus Bandar por várias gerações: "Fiz uma fantasia e tingi na mesma cor do ídolo, usando uma tintura obtida do suco de uma fruta não venenosa".

Como a aventura foi publicada em páginas dominicais, foi impresso em cores nos suplementos de jornais e o uniforme era roxo claro. No entanto, nas primeiras histórias em tiras diárias, a cor do uniforme do Fantasma ainda não estava definida. Lee Falk originalmente havia pensado em batizar a sua nova tira diária com o nome: The Ghost Gray (O Fantasma Cinzento), e embora tenha mudado o nome para O Fantasma; bem antes da tira diária ser distribuída, muitas referências apareceram por vários anos insinuando que o uniforme do Fantasma era na verdade cinza.

Impresso em cores, alguns acontecimentos estranhos ocorreram. Naquele tempo, os editores de jornais tiveram que colocar cores nas páginas dominicais e, aparentemente, não havia uma orientação para as distribuidoras sobre o esquema de cores corretas.

Assim, o Fantasma começou a aparecer em jornais internacionais no domingo com uniformes coloridos nas mais diferentes cores. Vermelho na Itália, Grécia e Brasil, o azul (e às vezes vermelho), na França, e todos os tipos de tons: azul claro prateado, azul e roxo claro em muitos outros países.

As listras diagonais em seu short, que deveriam ser roxo e preto, começaram a aparecer em quase todas as cores imagináveis, as listras vermelhas eram frequentemente utilizadas por influencia dos editores da Editora Egmont da Suécia que contribuíram com esta gama de cores tão berrantes, conforme pode ser observado nas ilustrações das capas do Fantasma em muitas edições desta editora.

Quando a tira do fantasma começou a ser distribuída, a cor do uniforme não era um fator importante, porque nos jornais sempre foram reproduzidas em preto e branco e era adicionada uma retícula pontilhada para se obter um efeito noir. Na maioria dos casos, a retícula (um pontilhado que produzia um efeito na impressão de uma cor cinzenta) foi utilizada no uniforme do Fantasma.

No entanto, em 1939, quando uma história secundária do Fantasma chegou para ser publicada em uma página dominical de um jornal que era impresso em cores, ocorreu toda esta confusão porque a distribuidora não forneceu uma referência de cor.
Ao longo dos anos, os únicos itens do uniforme do Fantasma que permaneceram sem nenhuma alteração foram as suas botas de cano alto, o cinturão, os coldres e as pistolas automáticas, que sempre foram pretos.

Fonte: Fantasma Brasil