A primeira tentativa de quadrinhos veio em 1989 pela Bloch Infanto-Juvenil, que lançou O Fantástico Jaspion em formato de fotonovela, usando imagens da série com balões de diálogo. A Bloch adaptou os quatro primeiros episódios da série de TV, mas a qualidade era limitada, com imagens granuladas – uma prática comum para séries populares na época, segundo fontes como Sintonia Geek e JBox. Apesar disso, essas fotonovelas foram um marco para os fãs. No mesmo ano, a Editora Ebal obteve os direitos da Toei Company e publicou uma série que adaptava os episódios da TV, seguida pela Editora Abril, que, entre 1989 e 1990, lançou 12 edições com histórias inéditas. Sob a direção de artistas como Aluir Amancio e roteiristas como Alexandre Nagado, essas HQs continuavam a saga após a derrota de Satan Goss, introduzindo novos vilões como Nimbus, o Usurpador.
Em 2018, Jaspion voltou às HQs com O Regresso de Jaspion, um mangá nacional da Editora JBC, assinado por Fábio Yabu (roteiro) e Michel Borges (arte). Lançado em 2020, o volume único se passa anos após a série original, trazendo Jaspion de volta à Terra para enfrentar Kilmaza e antigos inimigos. A obra, parte do selo Henshin Universe, modernizou a narrativa, mantendo a essência nostálgica, e foi elogiada por fãs, com edições em capa dura e extras sobre a produção. A JBC planejou crossovers com outros heróis tokusatsu, dependendo do sucesso.
Os quadrinhos do Jaspion não só capitalizaram sua febre na TV, mas também mostraram a criatividade brasileira ao adaptar um ícone japonês. De fotonovelas a mangás modernos, essas HQs são um testemunho do carinho dos fãs brasileiros, que, mesmo 37 anos após sua estreia, continuam celebrando o herói intergaláctico.